Os 9 princípios filosóficos do judô

Neste artigo, serão abordados os 9 princípios filosóficos que inspiraram a criação do judô kodokan pelo Jigoro Kano. Esses princípios constituem o espírito do judô e são fundamentais para compreender a prática das artes marciais. Embora não se saiba ao certo se foram criados pelo Jigoro kano ou herdados de algum mestre antigo que ele praticou durante sua prática do jujutsu, ele afirmava que quem entendesse e exercitasse esses princípios estaria conhecendo o verdadeiro espírito do judô.

Os nove princípios serão apresentados e discutidos em detalhes, desde o primeiro princípio filosófico do judô kodokan, que é “conhecer-se é dominar-se e dominar-se é triunfar”, até o nono princípio, que afirma que praticar o judô ajuda a pensar com velocidade e exatidão, bem como a obedecer com justeza.

Estes princípios são fundamentais para a prática do judô e podem ser aplicados não apenas no tatame, mas também no dia a dia, tornando-se uma filosofia de vida.

Primeiro Princípio

“Conhecer-se é Dominar-se”

O primeiro princípio filosófico do judô Kodokan é “Conhecer-se é Dominar-se”. Para o homem saber as suas possibilidades frente ao mundo em que vive e reagir às situações que surgem no dia a dia, ele precisa conhecer-se. Com sapiência, calma e tranquilidade, ele pode superar as dificuldades que possam vir a acontecer.

Autoconhecimento

O autoconhecimento é fundamental para que o praticante de judô possa colocar em prática sua força interior com sapiência e humildade. Saber suas limitações e potencialidades é essencial para o sucesso não só no tatame, mas também na vida cotidiana.

Outros Princípios Filosóficos

Além do primeiro princípio, existem outros oito princípios filosóficos que constituem o espírito do judô Kodokan.

São eles:

“Quem teme perder já está vencido”

A insegurança e a falta de confiança levam à derrota. É preciso ter garra e determinação para buscar os resultados desejados.

“Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e sobretudo humildade”

O caminho da perfeição é longo e árduo, mas é possível se aproximar dela com trabalho, dedicação e dinamismo. É importante respeitar a individualidade de cada um e buscar sempre fazer o bem.

“Quando verificares com tristeza que nada sabes, terás feito o teu primeiro progresso no aprendizado”

O processo de evolução no judô é constante e começa desde a faixa branca. A humildade é fundamental para reconhecer que sempre há algo novo a aprender.

“Atenção atletas competidores: nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, ao que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância”

O orgulho não se justifica, pois ninguém tem a certeza da vitória na luta seguinte. A vitória contra a ignorância é a única que perdura e deve ser compartilhada com a coletividade.

“O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar”

O objetivo do judoca não é apenas ganhar medalhas, mas sim se aperfeiçoar para servir à coletividade. A fase do aperfeiçoamento é muito importante e deve ser obedecida a hierarquia do conhecimento.

“O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensina e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes”

O sensei é fundamental para ensinar e transmitir o conhecimento adquirido ao longo dos anos. Ele deve ter paciência para cuidar das crianças e dos jovens que vêm cheios de vontade de aprender.

“Saber cada dia um pouco mais e utilizar o saber para o bem é o caminho do verdadeiro judoca”

O conhecimento adquirido deve ser utilizado para o bem da coletividade. O judoca deve estar sempre buscando novos conhecimentos e metodologias para melhorar a qualidade do ensino dentro do judô.

“Praticar o judô é educar-se para pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência”

O judô é muito mais profundo do que apenas uma luta para ganhar medalhas. Ele é uma forma de educar o corpo e a mente para pensar com velocidade e exatidão, além de obedecer com justeza.

Segundo Princípio

“Quem Teme Perder Já Está Vencido”

O segundo princípio filosófico do judô Kodokan é “Quem Teme Perder Já Está Vencido”. Isso significa que, em uma competição, se um atleta tem medo de perder, ele já perdeu antes mesmo de começar a lutar. É importante que os judocas estejam confiantes e preparados para enfrentar qualquer adversário, sem se deixarem abalar pelo medo ou pela insegurança.

O medo de perder pode levar a uma falta de confiança e concentração, o que pode prejudicar o desempenho do atleta. Portanto, é fundamental que os judocas se preparem adequadamente para as competições, treinando com afinco e confiando em suas habilidades.

Além disso, esse princípio também se aplica a outras áreas da vida. Se uma pessoa tem medo de fracassar em um projeto ou em uma tarefa, ela pode acabar se sabotando e não alcançando o sucesso desejado. É importante que as pessoas se dediquem a seus objetivos com confiança e determinação, sem se deixarem abalar pelo medo ou pela insegurança.

Para aplicar esse princípio, é necessário desenvolver a confiança em si mesmo e em suas habilidades, além de estar sempre preparado para enfrentar desafios e adversidades. Com determinação e persistência, é possível superar qualquer obstáculo e alcançar o sucesso desejado.

Terceiro Princípio

Aproximação da Perfeição com Constância e Humildade

O terceiro princípio filosófico do judô Kodokan enfatiza a importância da busca constante pela perfeição pessoal, por meio da prática do judô com sabedoria e humildade. Segundo este princípio, somente aqueles que buscam a perfeição com constância e humildade podem se aproximar dela.

Constância

A constância é uma característica fundamental para a busca da perfeição no judô. Isso significa que o praticante deve estar disposto a se dedicar constantemente à prática e ao aperfeiçoamento de suas habilidades, sem se deixar abater pelos obstáculos que possam surgir no caminho.

Humildade

A humildade é outra qualidade importante para a aproximação da perfeição no judô. Isso significa que o praticante deve reconhecer suas limitações e estar disposto a aprender com os erros e com os outros. A humildade também implica em respeitar a individualidade de cada um e em buscar sempre fazer o bem, sem se deixar levar pelo egoísmo ou pela arrogância.

Em resumo, o terceiro princípio filosófico do judô Kodokan nos ensina que a busca constante pela perfeição pessoal deve ser feita com sabedoria e humildade, para que possamos nos aproximar cada vez mais dela.

Quarto Princípio

Reconhecimento da Própria Ignorância

O quarto princípio filosófico do judô Kodokan é o reconhecimento da própria ignorância. Esse princípio ensina que o primeiro passo para o aprendizado é reconhecer que não se sabe tudo e que sempre há espaço para evoluir.

O judoca deve estar sempre disposto a aprender e a se aprimorar, com humildade e sabedoria. Através desse reconhecimento, ele poderá superar as dificuldades que surgem no dia a dia e enfrentar situações desafiadoras com sapiência e tranquilidade.

Para aplicar esse princípio, é importante que o judoca esteja ciente de suas limitações e busque constantemente se aperfeiçoar. Ele deve ser humilde o suficiente para reconhecer que não sabe tudo e estar aberto a aprender com seus erros e com os outros.

Além disso, é essencial que o judoca respeite a individualidade de cada um e entenda que a perfeição pessoal é um processo contínuo e que exige constância e dedicação. Dessa forma, ele poderá se aproximar cada vez mais da perfeição, respeitando sempre os outros e a si mesmo.

Quinto Princípio

A Verdadeira Vitória Sobre a Própria Ignorância

O quinto princípio filosófico do Judô Kodokan é um lembrete importante para os atletas competidores. Ele diz que nunca devemos nos orgulhar de ter vencido um adversário, pois aquele que vencemos hoje pode nos derrotar amanhã. A única vitória que perdura é aquela que conquistamos sobre a própria ignorância.

O orgulho não se justifica, pois ninguém tem a certeza da vitória na luta seguinte. Esse mesmo orgulho nunca nos leva, e nunca levará a boas opções. Muito pelo contrário, ele apenas nos possibilita ser arrogantes, soberbos e autossuficientes, criando em volta de nós um clima hostil. O respeito deve vir em primeiro lugar, e a vitória não é propriedade privada de ninguém.

A perfeição pessoal só pode ser alcançada com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade. O saber deve ser um instrumento de realização visando a coletividade como um todo, e a ela oferecido a vitória. Para o judoca, a meta não é apenas treinar para ganhar medalhas, mas sim se aperfeiçoar para servir a coletividade.

Portanto, a verdadeira vitória sobre a própria ignorância é fundamental para o sucesso no Judô Kodokan. O judoca deve estar sempre buscando se aperfeiçoar, estudando, praticando e treinando para servir a sua comunidade, a sua academia e os seus colegas. Ser um judoca é ser uma pessoa especial, que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensina e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.

Sexto Princípio

Lutar para se Aperfeiçoar

O sexto princípio filosófico do judô Kodokan é o de que o judoca não se aperfeiçoa para lutar, mas luta para se aperfeiçoar. Isso significa que a meta do judoca não é apenas ganhar medalhas, mas sim treinar, estudar e praticar para se aperfeiçoar constantemente.

O aperfeiçoamento é uma fase importante na evolução do judoca, pois é durante esse período que ele deve buscar galgar as graduações obedecendo à hierarquia do conhecimento. O objetivo é servir à coletividade, à sua comunidade, à sua academia e aos colegas de judô em geral.

Para alcançar esse objetivo, é necessário que o judoca se dedique ao treinamento com constância, sabedoria e, acima de tudo, humildade. Ele deve respeitar a individualidade de cada um e buscar sempre fazer o bem, colocando em prática sua força interior com sapiência e humildade.

Abaixo estão os outros princípios filosóficos do judô Kodokan:

  • Conhecer-se é dominar-se e dominar-se é triunfar;
  • Quem teme perder já está vencido;
  • Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade;
  • Quando verificares com tristeza que nada sabes, terás feito o teu primeiro progresso no aprendizado;
  • A atenção do competidor nunca deve se orgulhar de ter vencido um adversário, pois aquele que venceu hoje poderá derrotá-lo amanhã;
  • O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar;
  • O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensina e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes;
  • Saber cada dia um pouco mais e utilizar o saber para o bem;
  • Praticar o judô é educar-se para pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza.

Cada um desses princípios é fundamental para a prática do judô e deve ser levado em consideração por todos os praticantes da arte marcial. Através do estudo e da prática desses princípios, o judoca pode evoluir não apenas como atleta, mas também como pessoa, tornando-se mais educado, brilhante e feliz.

Sétimo Princípio

Inteligência e Paciência no Ensino e Aprendizado

O sétimo princípio filosófico do judô Kodokan enfatiza a importância da inteligência e paciência no ensino e aprendizado. O judoca deve possuir inteligência para compreender aquilo que lhe é ensinado e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.

O papel do sensei é fundamental nesse processo, pois ao longo dos anos de estudo, pesquisa e aprofundamento, ele adquire conhecimento e amadurecimento para ensinar e entender as necessidades e anseios dos seus alunos, principalmente das crianças. O sensei deve ter muita paciência para cuidar das crianças e jovens que estão cheios de vontade de aprender e esperando dele a fonte do conhecimento.

Além disso, o judoca deve buscar saber cada dia um pouco mais e utilizar esse saber para o bem. É importante que os praticantes de judô tenham em mente a importância desses princípios filosóficos, que transcendem o tatami e podem ser empregados no dia a dia, tornando-os pessoas mais educadas, brilhantes e felizes.

O ensino e aprendizado no judô devem ser pautados pela humildade, sabedoria e constância, buscando sempre aperfeiçoamento pessoal e respeitando a individualidade de cada um. O judoca não se aperfeiçoa para lutar, mas luta para se aperfeiçoar e servir à coletividade.

Oitavo Princípio

Utilizar o Saber para o Bem

O oitavo princípio filosófico do judô Kodokan diz que é importante saber cada dia um pouco mais e utilizar o saber para o bem. Para os praticantes de judô, o aprendizado não se limita apenas ao tatame, mas se estende para além dele, para a vida cotidiana. É essencial que os praticantes de judô busquem sempre novos conhecimentos e metodologias para melhorar a qualidade do ensino dentro do judô.

O judoca deve estar sempre disposto a compartilhar sua experiência adquirida dentro e fora do dojô com os mais jovens, para tornar o caminho deles mais suave e tranquilo. A prática do judô ensina a pensar com velocidade e exatidão, bem como a obedecer com justeza, e essa habilidade pode ser aplicada em diversas situações da vida.

Portanto, utilizar o saber para o bem é o caminho do verdadeiro judoca. Ele deve estar sempre em busca de novos conhecimentos e passar essa experiência adquirida para os mais jovens, para que possam se tornar pessoas mais educadas, brilhantes e felizes.

Nono Princípio

Pensar e Agir com Velocidade e Exatidão

O nono princípio filosófico do Judô Kodokan é a prática do Judô para aprender a pensar com velocidade e exatidão. Isso significa que o praticante deve treinar sua mente e corpo para agir com rapidez e precisão, obedecendo aos movimentos corretos.

Para alcançar essa habilidade, é necessário que o Judoca treine constantemente, buscando sempre aperfeiçoar suas técnicas e habilidades. O objetivo é fazer com que a mente e o corpo trabalhem juntos em perfeita sintonia, permitindo que o Judoca reaja rapidamente a qualquer situação que surja durante uma luta.

Além disso, o nono princípio também enfatiza a importância da precisão. O Judoca deve sempre buscar executar seus movimentos com a máxima precisão possível, evitando erros que possam comprometer sua eficiência e colocar em risco sua segurança.

Para alcançar esses objetivos, é fundamental que o Judoca pratique com dedicação e disciplina, seguindo os ensinamentos dos seus mestres e buscando sempre se aprimorar. Dessa forma, ele poderá desenvolver a habilidade de pensar e agir com velocidade e exatidão, tornando-se um verdadeiro mestre do Judô.